A reportagem publicada no jornal le Monde, dia 27 de outubro, por Paulo A. Paranagua, fala sobre a palestra do ex-presidente do Uruguai, em Paris. Foi uma palestra fora do comum: o ex-presidente uruguaio, José "Pepe" Mujica abriu a conferência americana da Sciences Po, terça - feira (27), em Paris. No topo dos seus 80 anos, conhecido pela sua franqueza, jovialidade e informalidade, Pepe Mujica interagiu com os estudantes, diante de uma juventude sedenta por aprendizado, ele foi chamada para falar sobre porque o futuro da humanidade e do planeta está em jogo. O desafio, neste momento, é principalmente político, ecológico, além de econômico. José Mujica realizou a palestra de uma forma incomum na Europa. Primeiro, ele reivindicou a herança européia da América Latina: "Somos descendentes de imigrantes, temos nossos nomes provenientes da Europa, nossa cultura, nossa língua. O Uruguai é um Estado laico, mas eu tenho que reconhecer a nossa dívida para com o cristianismo. Berço da nossa civilização, a Europa não está, infelizmente, à altura dos desafios do planeta. "
Segundo a matéria do jornal francês, Mujica contou que o nosso tempo tem recursos sem precedentes, quanto a produtividade. Estamos perto do céu, enquanto parece que estamos indo para o inferno. Nenhuma nação pode enfrentar sozinho os problemas do nosso tempo. Pepe Mujica se refere à história. "Roma e China, tiveram uma orientação política, enquanto a nosso é entregue à volatilidade do mercado, lamentou. Na América Latina, o sonho da integração regional é tão antigo quanto a independência. Mas temos avançado muito pouco nessa parte. Boa parte do nosso comércio é feito entre os nossos países da América Latina, enquanto as exportações permanecem mesmo com as dificuldades que o mundo enfrenta. Hoje, a China assumiu a posição dominante, uma vez ocupada pela Europa e Estados Unidos. "