O Senado russo autorizou operação militar na Síria, conforme
havia pedido o líder sírio, Bashar al-Assad, ao presidente Vladimir Putin. A operação é
limitada a Força Aérea como relatado pelo chefe de gabinete Sergei Ivanov. A
última vez Câmara Alta da Rússia aprovou o envio de militares foi há um ano,
com a movimentação militar na Criméia. As informações são do jornal El País.
"O Conselho da Federação apoiou por unanimidade a pedido do presidente, com 162 votos a favor", disse Ivanov, segundo a agência de notícias russa Tass. Ivanov disse que a Rússia vai usar apenas a força aérea na Síria para atacar as posições do Estado Islâmico (EI) e que representa um pedido do regime presidido por Bashar al-Assad. "O presidente sírio dirigiu-se à liderança de nosso país para pedir ajuda militar, para que possamos dizer que o terrorismo deve ser combatido, e que os esforços devem ser combinados, mas ainda precisa respeitar as regras do direito internacional" Ivanov disse a repórteres depois de falar ao Senado em nome do Putin.
Segundo o jornal espanhol, Putin reforça a estratégia apresentada ao presidente americano Barack Obama na segunda-feira (29/9) durante seu encontro na Assembléia Geral da ONU em Nova York, e que difere do presidente dos Estados Unidos. Enquanto Putin é a favor do reforço para Assad atacar o Estado Islâmico, Obama acredita que o ditador deve deixar o país. Durante semanas, a Rússia foi reforçar a sua presença militar na Síria. Há apenas duas semanas, Moscou admitiu a presença de especialistas militares russos no Iraque, que sofre uma guerra civil desde 2011.
Em um comunicado, o Kremlin disse que os aliados foram informados da decisão de quarta-feira (30/9) pelo Senado. No seu pedido de autorização para a câmara alta do parlamento, Putin tem protegido sua decisão de enviar forças militares para a Síria "nos fundamentos dos princípios e normas reconhecidas no quadro do direito internacional", segundo a RIA Novosti.
Rússia, Irã, Iraque e Síria têm criado um centro de
informação em Bagdá para coordenar as operações de contra-ataque ao Estado
Islâmico, com dados como o número de militantes dentro da organização, suas
armas e seus movimentos.