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Presidente da Colômbia e o líder das Farc anunciam acordo de paz em 6 meses

Conflitos deixaram 220 mil mortos e 6 milhões de deslocados

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O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, anunciou nesta quarta-feira (24/9)  em Havana, o acordo de paz com o líder das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), Timoleón Jiménez, que será assinado em até seis meses.

Santos disse, na presença de Jiménez, conhecido como Timochenko, e do presidente cubano, Raúl Castro que “no mais tardar em seis meses, esta negociação deve ser concluída e um acordo final [de paz], assinado". 

"Não vai ser uma tarefa fácil porque faltam muitos pontos difíceis para acertar, mas esta é a instrução que demos às nossas delegações", disse o presidente colombiano, que fez uma escala em Havana para assistir à assinatura de um acordo de criação de "uma jurisdição especial para a paz".

Timochenko afirmou que a guerrilha fará "o máximo esforço para tentar cumprir, chegar ao acordo final antes de seis meses".

"Estamos dispostos a assumir responsabilidades por nossas atuações ao longo da resistência [...]", completou.

Timochenko destacou que esse novo sistema de Justiça foi desenhado "para todos os envolvidos no conflito (...) e não apenas para uma das partes" e "abre possibilidades de oferecer verdade detalhada e plena" sobre o conflito.

Até hoje, o número de vítimas chega a 220 mil mortos e seis milhões de deslocados.

"Não fizemos um acordo sobre um sistema extrajudicial, pelo contrário. Acertamos uma jurisdição especial para a paz", explicou Santos.

Logo após o anúncio, a promotoria da Colômbia anunciou a suspensão dos processos contra membros da cúpula das Farc por "graves violações dos direitos humanos".

As negociações em Havana, iniciadas em novembro de 2012, tinham empacado na espinhosa questão sobre se os guerrilheiros deveriam ser condenados à prisão por sequestros, uso de crianças-soldado, tráfico de cocaína e outros crimes.

* Com informações do El País.