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Entra em vigor lei que restringe entrada de migrantes na Hungria

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Mais de 200 mil migrantes entraram na Hungria desde o início do ano, anunciou nesta terça-feira a polícia do país, no mesmo dia em que entra em vigor uma lei restritiva sobre as chegadas.

De acordo com a nova lei, 60 migrantes foram detidos acusados de "danificar" a cerca na fronteira com a Sérvia. O delito pode ser punido com pena de até cinco anos de prisão, de acordo com a nova legislação em vigor.

O posto de fronteira de Röszke, o principal ponto de passagem de migrantes da Sérvia para a Hungria, foi totalmente bloqueado nesta terça-feira, dia em que o governo húngaro passa a aplicar as novas medidas restritivas para conter o fluxo de refugiados.

Quase 300 pessoas, incluindo muitas crianças, estavam no local à espera da reabertura da fronteira.

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A nova legislação húngara prevê especialmente penas de prisão para qualquer pessoa que ultrapasse a cerca de arame farpado instalada ao longo dos 175 quilômetros de fronteira.

No total, 200.778 migrantes entraram no país desde janeiro, em sua grande maioria pela fronteira com a Sérvia. Em quase todos os casos, as pessoas seguiram viagem para o oeste da Europa.

Na segunda-feira, o país registrou o recorde de entradas em 24 horas, com 9.380 migrantes, antes do governo de Budapeste fechar a principal passagem na fronteira com a Sérvia.

Os 28 Estados da união Europeia não conseguiram chegar a um acordo sobre um plano de cotas obrigatórias por país para receber 120.000 refugiados. Segundo o o ministro francês do Interior, Bernard Cazeneuve, 

"Um determinado número de países não quer aderir a este processo de solidariedade", entre os países que "não querem aderir a este processo de solidariedade" estão a Hungria, Polônia, República Tcheca e Eslováquia.