O governo alemão decidiu liberar mais 3 bilhões de euros para ajudar os estados e municípios a receberem refugiados e migrantes, de acordo com uma declaração conjunta da coalizão governista nesta segunda-feira,( 7/9). As informações são do jornal El País.
Segundo o jornal, em uma reunião de cúpula, que durou mais de cinco horas, dos líderes da coalizão de governo com a chanceler Angela Merkel (o CDU partido do governo, o bávaro CSU e os social-democratas SPD) também acertaram uma série de medidas, tais como acelerar o processamento de pedidos de asilo e facilitar a construção de habitação para os refugiados.
De acordo com a nota, além dos 3 bilhões de euros alocados, o governo federal concedeu outros 3 bilhões de euros para cobrir despesas como pagamento de subsídios aos requerentes de asilo.
O acordo vai retirar refugiados de países considerados "seguros" (o que significa que os seus cidadãos não são normalmente perseguidos e, portanto, não tem direito a procurar asilo) que inclui o Kosovo (origem de um número significativo de petições que a Alemanha), a Albânia e Montenegro. Já estão nessa categoria Sérvia, Macedônia e Bósnia.
O objetivo é acelerar o processamento de asilo e de expulsão e se concentrar naqueles que chegam das guerras que destroem a Síria, o Iraque e os países de refugiados do Afeganistão.
A reunião de coalizão foi realizada no fim de semana em que 18 mil refugiados entraram no país após a Áustria e a Alemanha concordarem com regras de parada na Hungria.
Segundo o El País, a decisão de Merkel , para permitir que milhares de refugiados parados na Hungria à procura de uma nova casa na Alemanha, causou um racha dentro do bloco conservador no poder.
A Alemanha espera um recorde de 800 mil pedidos de asilo até o final do ano, de longe, o mais elevado de toda a União Europeia. Só em agosto 100 mil pedidos foram registrados na maior economia da Europa.
Ao mesmo tempo, o presidente francês, François Hollande, anunciou que o país receberá 24.000 refugiados nos próximos dois anos, do total de 120 mil que a Comissão Europeia deseja abrigar no continente.
A Comissão vai propor na quarta-feira ao Parlamento Europeu a distribuição dos 120 mil refugiados nos próximos dois anos. A medida será adicionada à recepção de outros 40 mil migrantes anunciada em maio, que afetava apenas as pessoas que estavam na Itália e na Grécia.