O presidente da Guatemala, Otto Pérez Molina, apresentou sua renúncia ante o Congresso para se submeter a um processo judicial por acusações de corrupção, anunciou nesta quinta-feira o porta-voz presidencial, Jorge Ortega.
Em comunicado, Ortega explicou que a renúncia foi apresentada ao Legislativo à meia-noite de quarta-feira, um dia após o Congresso decidir por unanimidade retirar sua imunidade.
A renúncia do presidente ocorreu quase ao mesmo tempo em que um juiz emitiu uma ordem de captura contra ele.
Após a saída de Molina, o máximo cargo político do país será assumido pelo vice-presidente Alejandro Maldonado.
A renúncia de Molina ocorre três dias antes de os guatemaltecos se dirigirem às urnas para eleger o novo presidente, vice-presidente, 338 prefeitos, 158 deputados e 20 representantes do Parlamento Centro-Americano, em eleições marcadas pela crise política gerada por vários casos de corrupção no governo que provocou grandes protestos de repúdio.
Molina, um general da reserva de 64 anos, foi acusado no dia 21 de agosto pela Promotoria e por uma comissão da ONU contra a impunidade na Guatemala de ser um dos líderes de uma rede denominada "La Línea", dedicada à cobrança de propinas a empresários para a sonegação de impostos no sistema nacional de alfândegas.
Por este caso se encontra em prisão preventiva A ex-vice-presidente Roxana Baldetti, que renunciou em 8 de maio, encontra-se presa acusada de participar do esquema.
*Com informações da "Isto é Dinheiro"