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Sul da Itália arrisca ter 'subdesenvolvimento permanente'

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O "Mezzogiorno", nome pelo qual é conhecido o sul da Itália, região mais pobre do país, arrisca entrar em uma situação de "subdesenvolvimento permanente". Esse é o alarme feito por um relatório divulgado nesta quinta-feira (30) pela Associação para o Desenvolvimento da Indústria do Mezzogiorno (Svimez), entidade sem fins lucrativos com sede em Roma.    Segundo o documento, a zona meridional da nação enfrenta um forte risco de "desertificação industrial", tendo como consequência a escassez de recursos humanos, empresariais e financeiros. Isso poderia impedir a região de iniciar uma potencial retomada e transformar uma crise cíclica em algo definitivo.    

Entre 2000 e 2013, a economia do sul da Itália cresceu apenas 13%, um pouco mais que a metade da expansão de 24% registrada no mesmo período pela Grécia, que vive uma grave recessão e esteve à beira da falência.    

Além disso, entre 2008 e 2014, o setor manufatureiro do Mezzogiorno perdeu 34,8% do seu Produto Interno Bruto (PIB) - contra uma queda nacional de 16,7% - e cortou os investimentos em 59,3%.    

"O número de empregados no Mezzogiorno chegou a 5,8 milhões, o nível mais baixo desde 1977, ano de início da série histórica", diz o relatório, ressaltando que os que mais sofrem com a falta de trabalho são jovens e mulheres. No sul o risco de pobreza atinge uma em cada três pessoas, enquanto no norte esse índice é de 10%.    

A parte meridional da Itália engloba as regiões de Abruzzos, Basilicata, Calábria, Campânia, Molise e Púglia, além das ilhas da Sardenha e da Sicília. O território abriga cerca de 20,6 milhões de habitantes.