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Patriarca de Bagdá pede visita do Papa ao Iraque

Louis Sako disse que iraquianos precisam de encorajamento

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O patriarca caldeu da Babilônia - que tem sede em Bagdá, no Iraque, Louis Raphael Sako I, fez um apelo para que o papa Francisco visite o país em breve. Segundo entrevista dada à "Rádio Vaticana", o líder destacou que os cristãos iraquianos sentem proximidade a Jorge Mario Bergoglio, mas "esperam sua visita pastoral".

"Temos a necessidade de sua presença entre nós, de modo que nos dê tanta força, tanta esperança, não só aos cristãos, mas a todos. O Papa é um símbolo não só para os cristãos, mas é uma autoridade internacional, espiritual e moral e todos esperam sua visita. Ele poderá nos dar força para perseverar e não largar", destacou.

O patriarca disse que os cristãos do país "pagam o preço" de uma guerra sectária entre sunitas e xiitas e que a identidade da igreja cristã no Oriente Médio é de uma "igreja de mártires". De acordo com o religioso, há "120 mil cristãos desabrigados" por todo o Iraque e que vivem "uma angústia psicológica" sobre o futuro.

Sako aproveitou o momento para criticar a postura da comunidade internacional na nação. "É uma política em busca de interesses econômicos e não do bem estar das pessoas. Eles não buscam a paz. Fabricar armas quer dizer que você vai fabricar também uma guerra. É preciso uma renovação da política e da economia, mas também das religiões.

Os muçulmanos devem fazer uma leitura interior do islã para descobrir a mensagem positiva para a vida humana, o respeito pela dignidade de cada pessoa", disse à rádio.

    O caldeu ainda afirmou que para derrotar o terrorismo imposto pelo grupo Estado Islâmico (EI, ex-Isis) é preciso uma "ação decisiva internacional porque as nações locais não podem combater o EI". Em dezembro do ano passado, o Pontífice revelou seu desejo de visitar a região e disse ter conversado com Sako para ver a possibilidade. Porém, ele reconheceu que "se fosse nesse momento, criaria um problema sério de segurança para as autoridades".

    Por causa disso, ele enviou já por três vezes o cardeal Fernando Filoni, que é prefeito da Congregação para a Evangelização dos Povos, para a região para avaliar a situação dos cristãos. Além disso, o Papa também já mandou uma quantia milionária para ajudar os refugiados no Curdistão iraquiano.