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Ataques a bases no Sinai deixam dezenas de mortos

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Cinco bases militares do Egito na Península do Sinai foram atacadas nesta quarta-feira (1) por jihadistas de um grupo ligado ao Estado Islâmico (EI, ex-Isis), provocando dezenas de mortos, entre militares e extremistas.

De acordo com a imprensa local, o ataque foi cometido pelo Wilayat Sinai, que assumiu a autoria em uma mensagem no Twitter. Antigamente, a organização usava o nome de Ansar Beit al Maqdis.

"Cerca de 22 terroristas foram mortos pelos militares durante os confrontos de hoje no norte do Sinai", informou o porta-voz Mohamed Samir nas redes sociais. Ele disse que mais de 70 extremistas realizaram cinco ataques simultâneos às bases militares logo nas primeiras horas da manhã.

No entanto, fontes médicas disseram à ANSA que 72 militares, sendo 10 oficiais do Exército, morreram no ataque. Da parte dos jihadistas, teriam sido quase 50 baixas. Outras 80 pessoas ficaram feridas.

"O Egito enfrenta um estado de guerra", disse o primeiro-ministro do país, Ibrahim Mahlab, ressaltando que o governo pretende aprovar novas medidas antiterrorismo. Após os ataques, Israel decidiu elevar as medidas de segurança ao longo da fronteira com o Egito e fechar as passagens de Nitzana e Kerem Shalom.

Testemunhas também relataram hoje que a cidade de Sheikh Zuweid, no Sinai, estaria sob domínio do EI, cujos extremistas desfilariam pelas ruas com as bandeiras negras do grupo. Moradores pediram ajuda ao governo e alegaram que não conseguem deixar a cidade porque o EI colocou bombas nas passagens de entrada e saída.

"Enviamos nossas condolências ao governo egípcio, ao povo e às famílias dos mortos deste cruel terrorismo islâmico", disse o premier israelense, Benjamin Netanyahu. A Casa Branca também condenou o ataque e disse estar ao lado do Egito na luta contra o terrorismo. O governo dos Estados Unidos prometeu continuar dando assistência ao país para enfrentar as ameaças.

 Os ataques no Sinai ocorreram dois dias depois do assassinato do procurador-geral do Egito em um atentado no Cairo, que até agora não teve sua autoria assumida. As forças de segurança no Sinai são alvos frequentes de ataques desde que o Exército destituiu o presidente islâmico Mohamed Morsi, em julho de 2013.