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Atirador não agiu sozinho, diz ministra tunisiana

Seifeddine Rezgui teria conseguido armas e transporte

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As autoridades tunisianas anunciaram nesta segunda-feira (29) que estão procurando por cúmplices de Seifeddine Rezgui, 23 anos, que matou 38 pessoas em um ataque contra um hotel de luxo de Sousse. Segundo a ministra do Turismo, Selma Elloumi Rekik, "o atirador não chegou sozinho, nem veio do mar, mas sim com um carro pequeno". Em entrevista à rádio "Montecarlo", Rekik destacou que está sendo estudada qual foi a dinâmica do ataque e que o país está recebendo a ajuda de 16 agentes da Scotland Yard.

    Para as autoridades, essa possibilidade está clara porque o homem se disfarçou de banhista antes de tirar o fuzil de dentro do guarda-sol e efetuar os disparos na areia.

    O ministro do Interior, Mohamed Ali Arou, informou que os policiais já ouviram o pai e três colegas de quarto da Universidade de Kaurouane, onde o jovem estudava. Hakim Rezgui, pai do atirador, contou que ficou chocado com a ação do filho e que não faz ideia "de quem possa ter colocado essas ideias na cabeça dele". Além disso, os agentes conseguiram recuperar o celular de Rezgui.

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    Três dias após o atentado, começam a surgir na internet as primeiras informações de perfil do tunisiano. Apaixonado por break dance e pelo Real Madrid, Rezgui publicou vídeos caseiros dançando em seu ritmo favorito. Porém, de acordo com a mídia britânica, é possível ver em sua página do Facebook diversas "curtidas" em vídeos de propaganda do grupo terrorista Estado Islâmico (EI, ex-Isis). Acredita-se que o extremista tenha se radicalizado após ir morar na Universidade, na cidade de Kairoan.

    Apesar do Riu Imperial negar que o homem tenha trabalhado em suas dependências, os investigadores analisam se ele não teria feito apresentações no local. - Cameron se manifesta: O primeiro-ministro britânico, David Cameron, se manifestou nesta segunda-feira sobre o atentado no hotel tunisiano. O premier disse que a Grã-Bretanha está "unida no choque e na dor" com o povo local. De acordo com a mídia inglesa, 30 dos 38 mortos eram cidadãos do país em férias na Tunísia.

    - Visitas oficiais: O ministro francês do Interior, Bernard Cazeneuve, sua homóloga inglesa, Theresa May, e o alemão Thomas de Maizière irão visitar a Tunísia de maneira oficial - já que todos os países tiveram cidadão seus entre as vítimas.

    Todos visitarão o local da tragédia para prestar homenagens e depois farão uma reunião de trabalho com as autoridades locais.

    (ANSA)