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França: atentado terrorista deixa um morto e feridos em usina

Cabeça decapitada com inscrições em árabe foi encontrada. Homens detonaram cilindros de gás

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Uma pessoa foi morta num atentado terrorista nesta sexta-feira (26) contra uma usina de gás em Saint-Quentin Fallavier, perto de Lyon. A vítima foi decapitada e sua cabeça foi deixada numa grade no local do ataque, coberta de inscrições em árabe. Outras duas pessoas foram feridas na ação. Um suspeito, identificado como Yassim Salhi e que seria ligado ao movimento salafista, foi preso, além de outros dois suspeitos, entre eles, a esposa do suposto autor do atentado. 

Segundo o ministro do Interior francês, Bernard Cazeneuve, o suspeito foi vigiado entre 2006 e 2008 por supostas atividades radicais, mas a partir desta data deixou de ser visto como uma ameaça. "Esta pessoa era tema de um arquivo "S" ("segurança") por radicalização em 2006, que não foi renovado em 2008. Ele não possui registros criminais", disse Cazeneuve. 

O homem decapitado foi identificado como um empresário de Lyon. Ele seria o empregador do suposto autor do atentado que foi preso. A cabeça da vítima foi encontrada presa às grades da fábrica do grupo Air Products em Saint-Quentin-Fallavier. Ela estava cercada por duas bandeiras islâmicas.

O presidente francês, François Hollande, reforçou a natureza terrorista do atentado: "Foi encontrado um cadáver decapitado. A intenção era, sem dúvida, causar uma explosão. Foi um ataque terrorista", declarou Hollande em Bruxelas, onde participa de cúpula de chefes de Estado e de Governo da União Europeia (UE).

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O presidente afirmou que a intenção era causar uma explosão, já que um veículo com duas pessoas, andando em alta velocidade, estava abastecido com cilindros de gás, e se lançou sobre o centro. "Não há dúvidas quanto à intenção, que é provocar uma explosão", acrescentou.

Também foi encontrada uma bandeira com inscrições em árabe. Ainda não se sabe se o corpo decapitado  foi transportado para lá ou não.

O primeiro-ministro francês, Manuel Valls, ordenou o reforço das medidas de segurança nas zonas sensíveis perto da usina.  A seção antiterrorista da Promotoria de Paris abriu uma investigação por "assassinato e tentativas de assassinato em grupo organizado e em relação a um ato terrorista".

Também investiga as acusações de "destruição e degradação através de uma substância explosiva em grupo organizado e em relação a um ato terrorista" e de "associação terrorista para cometer atentados contra as pessoas".