Depois de 30 dias, o opositor ao governo da Venezuela Leopoldo López, que está preso, suspendeu nesta terça-feira (23/6) sua greve de fome por sua condição. Ele anunciou o término do protesto por intermédio de carta, um dia após as autoridades do país marcarem a data das eleições na Venezuela, para o dia 6 de dezembro. Com seu anúncio nesta segunda-feira (21/6) de que as eleições serão realizadas no dia 6 de dezembro, a presidente do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), Tibisay Lucena, colocou fim às exigências da oposição e de políticos estrangeiros, que diziam que o atraso na publicação do cronograma eleitoral era parte de uma artimanha governista.
"A vocês, irmãos e irmãs, peço com o coração na mão que assumamos com humildade as conquistas obtidas neste protesto e que juntos, todos, levantemos a greve de fome", leu a mulher de López, Lilian Tintore. A carta escrita por ele de seu próprio punho foi dirigida aos 104 grevistas que o acompanham em seu protesto.
López foi detido há 16 meses em uma prisão militar acusado de incitar a violência em protestos contra o governo da Venezuela.