ASSINE
search button

Há 26 anos, China massacrava estudantes pró-democracia

Revolta da Praça Tiananmen ocorreu no dia 4 de junho de 1989

Compartilhar

 Nesta quinta-feira (04), o mundo relembra o massacre de estudantes que lutavam pela democracia na China, em uma revolta que ficou conhecida como "Protesto na Praça da Paz Celestial". As manifestações dos universitários, que tinham começado cerca de um mês antes do massacre, pediam por mais liberdade de expressão e mais transparência na administração pública. O ponto de concentração dos manifestantes era a Praça Tiananmen, conhecida como a "Praça da Paz Celestial".

    Na noite do dia 3 de junho de 1989, o governo chinês decidiu reprimir com uso da força os protestos. No dia seguinte, centenas de jovens foram mortos pelos militares locais, mas os números exatos de mortos nunca foram oficialmente divulgado.

    Enquanto a mídia norte-americana estima entre 400 a 800 vítimas, a Cruz Vermelha chinesa diz que foram 2,6 mil. Os manifestantes acusam o governo pela morte de sete mil pessoas.

    A cobertura do confronto foi controlada rigidamente pelo governo: a imprensa estrangeira foi expulsa e as informações provinham, apenas, de maneira oficial. Porém, apesar das restrições, um dia após a chacina, uma foto se tornou mundialmente famosa: a de um estudante, desarmado, que parou uma fileira de tanques de guerra na praça. Clicada pelo fotógrafo Jeff Wildener, a imagem ficou conhecida como "o rebelde desconhecido" - já que até hoje não se sabe quem era o rapaz e qual o seu paradeiro. Apesar do anonimato, o jovem foi considerado pela revista "Time" como uma das pessoas mais influentes do século passado.

    Nesta semana, a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Hua Chunying, afirmou que "o governo já chegou a uma conclusão sobre os incidentes políticos da década de 1980". Segundo ela, "o progresso econômico provou que a via de desenvolvimento seguida pela China está correta". (ANSA)