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Rússia envia lista à UE com nome de 89 pessoas banidas do país

Ministro das Relações Exteriores diz que lista negra é 'recíproca' às sanções

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 O ministro russo das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, afirmou nesta segunda-feira (1) que as sanções ocidentais contra Moscou são "absurdas e arbitrárias" e que a lista divulgada no fim de semana com 89 políticos europeus banidos da Rússia "é uma resposta baseada no princípio da reciprocidade". Em declarações à ANSA, o chanceler disse que "não é nem inteligente querer explicar o quão absurda e arbitrária é esta lógica de sanção, porque se trata de uma tentativa de substituir o direito internacional com os próprios interesses políticos". De acordo com Lavrov, a lista entregue pela Rússia à embaixada da União Europeia (UE) em Moscou no sábado com o nome de 89 pessoas proibidas de entrar no país é "uma resposta aos passos ilegítimos e não amigáveis" tomados pelo bloco.

    "Não queríamos seguir esse péssimo exemplo, mas tivemos que aplicar o princípio da reciprocidade", disse Lavrov, em uma entrevista coletiva ao lado do ministro italiano das Relações Exteriores, Paolo Gentiloni. A imprensa europeia publicou que, entre os nomes que estão na lista, destacam-se o do ex-primeiro-ministro belga Guy Verhofstadt, e o dos eurodeputados da Bélgica, Mark Demesmaeker, e da Holanda, Hans van Baalen. Outros que estão na relação são o ex-vice-primeiro ministro britânico Nick Clegg e o filósofo francês Bernard-Henry Levy.

    A lista negra russa é formada principalmente por políticos de três países bálticos (Lituânia, Letônia e Estônia) e da Polônia, que foram os principais críticos à anexação da Crimeia ao território russo e à participação de Moscou na crise ucraniana.