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Eleições regionais dão vitória ao partido de Renzi

PD venceu em cinco das sete áreas em disputa

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 O Partido Democrático (PD), do primeiro-ministro Matteo Renzi, saiu vencedor das eleições administrativas deste domingo (31). Dos sete candidatos de centro-esquerda que estavam no pleito, cinco foram eleitos com mais de 40% dos votos.

    Na Toscana (Enrico Rossi, 48%), Marcas (Luca Cericioli, 41,1%), Púglia (Michele Emiliano, 47%), Úmbria (Catiuscia Marini, 42,8%) e Campânia (Vincenzo de Luca, 41%), os candidatos do partido do premier conquistaram uma vitória sem muitos embates.

    "Uma vitória limpa e clara que confirma as perspectivas para 2018", informou o partido em nota nesta segunda-feira (01) após a divulgação dos resultados. Apesar da comemoração, o índice de afluência foi bem abaixo das expectativas. Apenas 52,2% dos 23 milhões de italianos aptos ao voto compareceram às sessões eleitorais.

    A grande surpresa entre os locais de votação foi a região da Ligúria, tradicionalmente de esquerda, onde a candidata de Renzi, Raffaella Paita, perdeu a disputa para Giovanni Toti, do Forza Itália de Silvio Berlusconi. A derrota (34,4% contra 27,8%) se justifica por uma divisão entre os partidos de esquerda, que não concordaram com a escolha da política. "Não vamos subestimar o resultado da Ligúria, que é filho de uma escolha irresponsável da esquerda, que hoje celebra uma vitória da direita", afirmou o presidente do PD, Matteo Orfini. Já o Vêneto elegeu o representante da direita radical Luca Zaia, do Liga Norte, com 50,1% dos votos, em um resultado já previsto pelas pesquisas eleitorais. A campanha eleitoral para este pleito foi baseada, pelos partidos de oposição como uma forma de "referendar" o primeiro ano de Renzi à frente do governo. Já o PD sempre ressaltou que as eleições "não eram um voto sobre o governo", mas sim uma maneira dos cidadãos melhorarem suas regiões.

    Mesmo com a vitória em cinco das sete regiões, os analistas avaliam que o PD perdeu um pouco de sua força, especialmente se o pleito for comparado com as eleições europeias do ano passado - quando conquistou 40% dos votos - e com o pleito de novembro, nas regiões de Emilia-Romana e Calábria.

    - Extrema-direita: Os partidos de direita radical, Liga Norte e Movimento Cinco Estrelas, foram considerados os "vencedores morais" das eleições deste domingo - especialmente quando são analisados os resultados nos mais de 700 municípios que foram às urnas.

    "Obrigado aos italianos que votaram em nós e que deram um papel de primeiro partido ao M5S na Ligúria, Campânia e Púglia e de segundo em outras regiões. Renzi só pensou nos votos das europeias, mas não se gere um país com histórias e com a arrogância", disse Giuseppe Grillo, presidente do M5S.

    Já o líder do PD, Matteo Orfini, não levou tão a sério os resultados dos partidos de extrema-direita. "O Movimento 5 Estrelas festeja, mas o resultado deles é igual a zero: não governam nenhuma região", destacou.

    Em nota, o M5S afirmou que a partir de agora a Itália "terá uma belíssima realidade" e que "dezenas de novos conselheiros honestos entrarão nas instituições" mais importantes do país.

    (ANSA)