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Deputados italianos aprovam reforma da educação

Agora, medida precisa passar pela análise do Senado

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A Câmara aprovou nesta quarta-feira (20) por 316 votos a favor, 137 contra e uma abstenção a reforma da educação na Itália. Agora, a medida deve passar pela análise e votação do Senado para poder entrar em vigor.

    "Estou emocionada e satisfeita, muito satisfeita. Foi uma passagem parlamentar importante, com o envolvimento de todos, com discursos apaixonados. Mesmo a oposição mostrou uma forte carga emocional. Acredito que isso seja uma grande mudança cultural", afirmou a ministra da Educação, Stefania Giannini, após a votação.

    Segundo a titular da pasta, desde o primeiro capítulo da nova lei, é possível ver que o governo quer "oferecer" uma escola de "qualidade, aberta e inclusiva". Já a ministra das Reformas Constitucionais, Maria Elena Boschi, afirmou que agora começa uma etapa, "com alguns pontos que sabemos que ainda serão discutidos no Senado".

    Apesar da comemoração do governo, os sindicatos prometem que continuarão a protestar contra a medida, solicitando mudanças antes que a nova lei entre em vigor.

    Entre os principais pontos da reforma escolar, chamada de "Buona Scuola" (Boa Escola), está a autonomia das instituições - que poderão solicitar recursos humanos, tecnológicos e financeiros de maneira independente - e um maior poder para os diretores de cada unidade escolar. Com isso, além de gerenciar a contratação de professores, as escolas poderão impedir que as classes possuam um número muito alto de alunos.

    Na grade curricular, haverá a inclusão de matérias optativas, reforço no ensino do inglês (que iniciará a partir dos 6 anos de idade) e o ensino profissionalizante durante o ensino médio.

    Outra grande mudança será a contratação de 100 mil professores, aprovada ontem (19), dentro de um plano extraordinário de contratação por tempo indeterminado de docentes em situação precária, ou seja, sem emprego garantido para o ano letivo seguinte.

    A reforma também concede 500 euros anuais para professores da rede pública gastarem com sua própria formação, seja com livros, softwares, cursos ou até concertos e eventos culturais. A partir de 2016, também serão destinados 200 milhões de euros em bônus para docentes que tiverem um bom desempenho com suas respectivas turmas. (ANSA)