O terremoto de 7,8 graus na escala Richter que atingiu o Nepal no fim de semana, seguido por diversas réplicas, já provocou a morte de mais de 4 mil pessoas, segundo dados divulgados pelo governo local. De acordo com a ONG Caritas, o número pode chegar a seis mil. "O balanço das vítimas sobe constantemente. Estamos com mais de 4 mil mortos, porém, considerando os distritos atingidos, podemos chegar a 6 mil", disse o padre Pius Perumana, diretor da Caritas no Nepal. Das vítimas, 1,3 mil foram registradas somente no vale do Katmundu, uma das regiões mais povoadas do país.
Pelo menos 7,5 mil pessoas ficaram feridas, segundo o governo nepalês. Dezenas de milhares de pessoas ficaram sem comida, água ou abrigo.
O terremoto de 7,8 graus atingiu o Nepal e os vizinhos Paquistão, Bangladesh e Índia na manhã de sábado (25). Foi o mais forte tremor de terra na região nos últimos 80 anos. O abalo sísmico provocou avalanches no Monte Everest que mataram alpinistas e bloquearam trilhas.
Testemunhas afirmam que há pessoas sufocadas pelo gelo entre o campo base a o campo 1. A comunidade internacional, as Nações Unidas e ONGs de ajuda humanitária já começaram a enviar equipes e suprimentos ao Nepal. Milhares de pessoas estão dormindo nas ruas.
O Ministério das Relações Exteriores da Itália informou que ainda não conseguiu localizar 40 cidadãos do país que estavam no Nepal durante o terremoto. Até agora, quatro mortes de italianos foram confirmadas. As vítimas se chamam Renzo Benedetti, Gigliola Mancinello, Oskar Piazza e Marco Pojer.
Também morreram 67 pessoas na Índia em decorrência do terremoto. Quase um milhão de crianças precisam de ajuda urgente, segundo o Fundo para Crianças das Nações Unidas (Unicef).
Após os fortes tremores, brasileiros têm chegado à embaixada do Brasil em Katmandu em busca de ajuda. Segundo o Itamaraty, com a capital do País abalada, eles procuram alimentos, comunicação e documentos.
Até o momento, a força-tarefa do governo localizou 60 brasileiros. Segundo o Itamaraty, todos estão bem e não há nenhum cidadão do País entre os mortos.
Para reforçar o apoio, um embaixador brasileiro que atua na Índia foi deslocado para Katmandu neste domingo.
Com muitos hotéis fechados, que obrigaram os turistas a sair às pressas após o abalo de 7.8 graus na escala Richter, a representação brasileira está disponibilizando canais de comunicação com parentes e emitindo documentos. Apesar das dificuldades de locomoção e comunicação na cidade, o prédio da embaixada não foi afetado.
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