As primárias das eleições em Buenos Aires, na Argentina, mostraram que Horacio Rodríguez Larreta foi o grande vencedor da disputa neste domingo (26). Larreta é o candidato do atual chefe do governo da cidade, Mauricio Macri, e um dos representantes do "Proposta Republicana" (Pro). O partido conquistou, ao todo, 47,3% dos votos, sendo 28,4% para Larreta e 18,9% para Gabriela Michetti..
Na disputa ocorrida ontem, não há limites de candidatos do mesmo partido. Por isso, a vitória de Larreta sobre a senadora foi marcante para o Pro. Isso porque Macri, líder do governo da capital desde 2007, será candidato à Presidência da Argentina em outubro.
Surpreendendo a todos, o futuro candidato afirmou, em uma coletiva de imprensa, que "agora temos um vice-presidente" para a disputa - sem citar se será um homem ou uma mulher. Porém, após os resultados serem anunciados, Michetti já informou que continuará na função de senadora e que descarta participar da Presidência.
Macri também ressaltou que a não fará uma união com o líder do partido "Frente Renovadora", Sergio Massa, e destacou que as eleições serão polarizadas entre o "Pro e o kircherinismo".
Com 22,3% dos votos, apareceu o partido "Energia Cidadã Organizada" (ECO), com Martin Lousteau recebendo 17,8% das "papeletas". O candidato kircherinista, Mariano Recalde, do "Frente para a Vitória", conseguiu apenas 18,4% dos votos. O presidente da Aerolíneas Argentina é uma das apostas dos kircherinistas para as eleições presidenciais.
O fraco resultado de Recalde colocou o governo nacional em alerta e há a previsão de um aumento de aparições de Cristina Kirchner em eventos para tentar promover a manutenção do poder.
No total, 2,5 milhões de argentinos puderam votar neste domngo, o que representa cerca de 12% da população do país. (ANSA)