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Premier francês anuncia plano contra ódio religioso

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Cerca de três meses após o ataque à redação da revista "Charlie Hebdo" e a um mercado judaico em Paris, o primeiro-ministro da França, Manuel Valls, alertou nesta sexta-feira, dia 17, que a intolerância religiosa está crescendo de forma "assustadora" no país.    

"O racismo, o antissemitismo, o ódio contra os muçulmanos, estrangeiros e a homofobia aumentam de maneira insuportável na França", disse em discurso, acrescentando que os "franceses judeus e muçulmanos" não devem ter medo de assumir suas religiões.    

Diante deste panorama, o premier anunciou um plano de investimento de 100 milhões de euros (cerca de R$ 320 milhões) nos próximos três anos na luta contra o racismo, homofobia, islamofobia e o antissemitismo.    

O plano inclui um total de 40 medidas nos âmbitos de Justiça, Educação e ações na Internet. Além disso, racismo e ódio religioso se tornarão "circunstância agravante" em atos criminosos.    

Histórico 

Em 7 de janeiro, a sede da publicação satírica "Charlie Hebdo" foi invadida por homens armados que abriram fogo matando 12 pessoas. Nos dias seguintes, outros atentados - um deles a um mercado judaico - deixaram mais cinco mortos.    

Atos foram realizados por radicais islâmicos, o que aumentou casos de ódio religioso no país e vem preocupando as autoridades locais.