ASSINE
search button

Unicef denuncia 62 mortes de crianças em ataques no Iêmen

Compartilhar

O Unicef, agência das Nações Unidas para as crianças, denunciou a morte de "ao menos, 62 crianças" nos ataques conduzidos pela Liga Árabe contra os rebeldes houthis no Iêmen. Ainda de acordo com a instituição, mais de 30 ficaram feridas.    

Para a entidade, há "uma necessidade desesperada de protegê-los e as partes envolvidas nos conflitos devem fazer todo o possível para garantir a segurança deles" durante os dias de conflitos com os árabes, que tiveram início no dia 26 de março.   

Corroborando com os dados apresentados pelo Unicef, outra agência da ONU, a Ocha (para a coordenação de assuntos humanitários), afirmou que o número de mortos dos últimos sete dias está em 361, sendo que 1.345 estão feridos. Para a ONU, "grande parte das vítimas são civis" e os ataques estão ocorrendo, sistematicamente, "em 13 dos 22" estados.    

Já a Anistia Internacional está acusando os árabes de "não prestar atenção nas vítimas civis" e denunciou que, na madrugada de ontem (31), um dos ataques "queimou vivas" 14 pessoas, entre as quais quatro crianças.   

 A Arábia Saudita está guiando toda a ação militar contra os rebeldes houthis e afirma estar "protegendo o povo e o governo legítimo do Iêmen" da tentativa de tomada de poder pelo grupo xiita. Já o Irã ressalta que esse conflito vai levar toda a região para a guerra e que os ataques aéreos devem parar "imediatamente".    

Desde a metade do ano passado, o país está mergulhado em uma crise de violência, com diversos atentados terroristas contra o governo local. Os ataques dos houthis têm aumentado nos últimos meses e a Organização das Nações Unidas estava em negociação para um acordo de paz - antes da ação militar árabe.