ASSINE
search button

Com avanço do Estado Islâmico, Itália pede para cidadãos deixarem Líbia

Compartilhar

A embaixada da Itália na Líbia recomendou nesta sexta-feira (13) que todos os cidadãos italianos deixem o país, diante da situação de insegurança causada pelo iminente avanço de jihadistas do Estado Islâmico (EI, ex-Isis). A informação foi confirmada pelo Ministério das Relações Exteriores de Roma. Os extremistas já conquistaram Cirenaica e estão tentando invadir a capital, Trípoli. No último dia 27 de janeiro, o EI reivindicou um atentado contra um hotel, que deixou cinco mortos.

Ex-colônia italiana, a Líbia vive uma crise interna desde a queda do regime de Muammar Kadafi, em outubro de 2011, no auge da Primavera Árabe. Após a morte do ditador, que estava há 40 anos no poder, foi criado o Conselho Nacional de Transição, reconhecido por vários países ocidentais, em uma tentativa fracassada de unir o país.

A guerra civil local tem provocado uma série de problemas, como imigração em massa e o tráfico de pessoas. Nesta semana, cerca de 330 pessoas morreram em quatro naufrágios de embarcações que partiram da Líbia com destino à Europa. Os acidentes ocorreram no Mar Mediterrâneo, próximo à ilha italiana de Lampedusa.

O primeiro-ministro da Itália, Matteo Renzi, chegou a alertar a União Europeia de que é preciso resolver a crise na Líbia para evitar que o "Mediterrâneo não vire um cemitério".

O Estado Islâmico é um grupo sunita que tenta estabelecer um califado. Os extremistas já controlam o norte da Síria e do Iraque. Os jihadistas adotam métodos extremos, como decapitações, sequestros, perseguições e mutilações nas áreas de seu domínio.

O EI tomou o controle de uma rádio e de uma rede de televisão em Sirte, na Líbia. Segundo fontes do país, eles transmitiram um discurso do líder do grupo, Abu Bakr al-Baghdadi, pelos dois sistemas.