O presidente da França, François Hollande, fez nesta sexta-feira (9/11) um pronunciamento em rede nacional após a ação policial que matou os suspeitos de cometerem o atentado à sede da revista Charlie Hebdo na quarta-feira, além de outro atirador que fez reféns em um mercado judaico de Porte de Vincennes, em Paris.
"Queria pedir a união da nossa sociedade, que significa que temos que lutar contra tudo que pode nos dividir. Temos que ser implacáveis contra o racismo e o antissemitismo, porque esse atentado de hoje ao mercado foi antissemita. Essas pessoas que cometeram esses atos dramáticos não têm nada a ver com a religião muçulmana", disse o chefe de estado.
"Os assassinos foram neutralizados graças a uma ação dupla e gostaria de elogiar a coragem e a bravura dos policiais civis e militares que participaram dessas intervenções. Estamos muito orgulhosos deles. Quando a ordem foi dada, fizemos a invasão com coragem para salvar os reféns e neutralizar os terroristas", afirmou o presidente.
Hollande também participará da manifestação que foi marcada para o próximo domingo, que contará com a presença de outros chefes de estado, e chamou "todos os franceses a levantar os valores da democracia e da liberdade".
"A França está consciente e sabe que pode enfrentar ameaças com suas forças de segurança e sabe também que as ameaças não acabaram. Gostaria de pedir vigilância e mobilização", pediu o presidente francês.
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BARACK OBAMA MANIFESTA SOLIDARIEDADE DOS EUA
O presidente americano Barack Obama falou em força a solidariedade dos Estados Unidos para o povo francês depois dos atentados cometidos por três jihadistas em Paris nos últimos dias, levando adiante os "valores universais" que ligam os dois países, como a "liberdade".
"Quero que os franceses saibam: os Estados-Unidos estão ao seu lado hoje e estarão ao seu lado amanhã", declarou Obama durante um discurso em Knoxville, no Tennessee, após uma visita à embaixada da França em Washington.