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Radicais matam 28 em ataque a ônibus no Quênia

Não muçulmanos teriam sido obrigados a ler o Corão em voz alta antes de morrer

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Homens armados mataram neste sábado (22) 28 passageiros de um ônibus no nordeste do Quênia, perto da fronteira com a Somália, informou o chefe do Departamento de Polícia local, Noah Mwavinda. Atentado foi reivindicado pelo grupo Al Shabaab, vinculado à rede terrorista Al Qaeda.

"Posso confirmar que 28 vidas inocentes foram brutalmente assassinadas pelo grupo", disse o oficial. Havia cerca de 60 pessoas no veículo. Os passageiros que foram identificados como não muçulmanos foram separados e obrigados a ler versos do Corão em voz alta antes de serem mortos a sangue frio.    

Em comunicado, membros do grupo extremista disseram que o ato foi uma represália a ações das forças de segurança locais contra mesquitas em Mombasa. A Cruz Vermelha do Quênia informou que o ônibus viajava com destino a Nairóbi, quando caiu na emboscada perto da fronteira com a Somália. 

O Al-Shabaab, que tenta impor a sharia (lei islâmica) na Somália, chegou a controlar várias regiões do país, mas nos últimos anos tem perdido força e se dedicado apenas a atentados. Entre 2006 e 2011, o Al-Shabaab dominou Mogadíscio, que posteriormente foi libertada em uma operação da União Africana. Em 2012, a organização se aliou à Al-Qaeda. Estima-se que hoje o grupo possua de 4 mil a 6 mil militantes.