Em uma audiência no VII Congresso Mundial da Pastoral da Migração, que terminou nesta sexta-feira (21), o papa Francisco voltou a defender aqueles que são forçados a deixarem seus países em busca de uma vida melhor, no que ele chamou de uma "aspiração à esperança".
"Sobretudo nas áreas desfavorecidas do planeta, onde a falta de trabalho impede uma existência digna para os indivíduos e suas famílias, é forte o impulso para procurar um futuro melhor em outro lugar, mesmo com o risco de decepções e insucessos", declarou o Pontífice.
Segundo Jorge Bergoglio, a migração produz benefícios tanto para os que mudam de nação como para os lugares que acolhem, embora ele tenha reconhecido que isso também causa alguns problemas.
"Se registra nos países de proveniência dos imigrantes, entre outras coisas, o empobrecimento devido à perda das 'melhores mentes', a fragilidade das crianças e jovens que crescem sem um ou ambos os pais e o risco de rompimento de matrimônios por ausências prolongadas", disse o Papa.
Já nas nações que acolhem, de acordo com Francisco, há dificuldades de inserção dessas pessoas em tecidos urbanos já problemáticos.