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Governos se comprometem com ações para erradicar fome e subnutrição

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Promover ações para erradicar a fome e prevenir todas as formas de subnutrição no mundo e aumentar os investimentos para ações efetivas na melhoria da alimentação foram alguns dos compromissos firmados por chefes de Estado reunidos na 2ª Conferência Internacional sobre Nutrição, realizada pela FAO, órgão da Organização das Nações Unidas (ONU) para a Agricultura e a Alimentação. O evento, que terminou hoje (21) em Roma, reuniu representantes de 170 países.

A Declaração de Roma sobre Nutrição, firmada pelos chefes de Estado durante o evento, destaca a importância de ações para prevenir particularmente a desnutrição, a baixa estatura, o baixo peso e o sobrepeso em crianças abaixo de 5 anos, bem como a anemia em mulheres e crianças. O documento também aborda a crescente tendência de sobrepeso e obesidade e de doenças relacionadas à alimentação.No encerramento do encontro, o diretor-geral da FAO, o brasileiro José Graziano, disse que é hora de assumir o desafio de garantir nutrição adequada a todos e acabar com a fome. "A desnutrição é a causa número 1 de doenças no mundo. Se a fome fosse uma doença contagiosa, nós já teríamos a cura", ressaltou. Os governantes também firmaram um quadro, listando 60 ações que os governos podem incorporar nas suas políticas nacionais de nutrição, saúde, agricultura, educação.

O papa Francisco participou da conferência, pedindo que políticos de todo o mundo vejam os problemas de alimentação e nutrição como questões públicas globais. “Quando a solidariedade falta em um país, isso é sentido em todo o mundo”, disse Francisco. O ministro da Saúde, Arthur Chioro, chefiou a delegação brasileira que foi ao evento, com cerca de 40 pessoas, entre representantes do governo, parlamentares e da sociedade civil. O ministro ressaltou que os resultados positivos conquistados nas últimas décadas no Brasil são fruto do alinhamento de políticas sociais, de saúde e educação, combinadas com a política econômica e de proteção social.