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El País: influência da China e Rússia na America Latina é crescente

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 Existem muitas Américas dentro da América Latina, diz o El País em uma reportagem da última segunda-feira (20), comentando que até apenas 25 anos atrás, a democracia era um produto exótico no continente. O jornal diz, porém, que a “agenda" do continente mudou radicalmente nas últimas décadas e promete mudar ainda mais. O jornal ainda levanta a questão de uma uma influência cada vez maior da China e da Rússia, visto a aproximação, talvez oriunda do Brics. 

Em primeiro lugar, 10 anos após a criação da Aliança Bolivariana para as Américas (ALBA), a terceira eleição de Evo Morales na Bolívia mostra para onde vai o socialismo do século XXI: um discurso e retórica indígena e de esquerda, com políticas e  tratamentos de direita. Em segundo lugar, a decisão de colocar a Venezuela no Conselho de Segurança da ONU como um dos 10 membros não-permanentes, ou seja, com voto, mas sem poder de veto. Mas, embora ele já estava presente neste organismo em quatro ocasiões anteriores, quem colocou a Venezuela na ONU? Qual é o próximo a entrar?  

 O jornal diz que hoje, a China, o verdadeiro proprietário da Venezuela, e a Rússia, o verdadeiro fiador de Cuba são aqueles que levaram a Venezuela para a Onu.O jornalista acusa a Onu de nunca servir aos fins para os quais realmente foi criada.

O jornal afirma que houve um tempo no mundo de língua espanhola foi mais fácil de ser governado porque o inimigo comum era os Estados Unidos da América. “Depois vieram as bandeiras da dignidade territorial, seguindo o caminho falho e sanguinário dos Castro em Cuba, Hugo Chavez  foi o mais refinado, com um banho de populismo filofascista que representou o fenômeno do peronismo” critica o jornal. 

Se 100 mil milhões de dólares (74 mil milhões de euros) para investimentos em infraestrutura no novo banco de BRICS (com sede em Xangai) são finalmente uma realidade, o espaço ocupado por cinco países (Brasil, Rússia, Índia , China e África do Sul) é imenso. 

>>Novo banco do Brics reflete as aspirações dos países emergentes

Se 100 mil milhões de dólares (74 mil milhões de euros) para investimentos em infraestrutura no novo banco de BRICS (com sede em Xangai) são finalmente uma realidade, o espaço ocupado por cinco países (Brasil, Rússia, Índia , China e África do Sul) é imensa. Especialmente porque o exemplo do canal da Nicarágua será o laboratório de teste. Os chineses, no caso da Nicarágua não só levarão trilhões de dólares, mas têm condições atentatórias à soberania incluindo a importação importa de 50.000 trabalhadores chineses.

No caso do Brasil, seu maior parceiro comercial é agora Pequim, diz o jornal. “Eu não sei se a partir de uma base macroeconômica esse relacionamento é positivo, o que eu sei é que para resolver o grande desafio do século na América Latina, ou seja, a desigualdade social, essas sociedades, são caracterizadas pela total insensibilidade à desigualdade social. Basta olhar para a Rússia e China”, diz o jornalista.