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Reformas na Pirâmide do Louvre podem seguir até 2017

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A famosa pirâmide do museu do Louvre, concebida pelo arquiteto chinês Ieoh Ming Pei em 1989, está no centro de uma grande obra de reestruturação até o final de 2016 ou início de 2017. Pei criou o espaço para receber 4,5 milhões de pessoas por ano, mas, atualmente, recebe mais de nove milhões de visitantes - e quase 70% deles estão no lugar pela primeira vez.    

Os espaços da obra estão saturados e barulhentos. As filas para comprar o ingresso e para chegar aos caixas podem ser intermináveis. A sinalização é pouco clara. A intervenção se faz urgente.    

"O visitante é nossa prioridade. É justo que haja um lugar que o atenda, no centro do museu. Então, é imperativo intervir", explicou o diretor do Louvre, Jean-Luc Martinez. "Por um lado, é preciso ver o sucesso do museu e fazê-lo mais habitável e compreensível. Por outro, é preciso reconhecer que existem públicos diversos, cada um com diversas exigências. É preciso estar em condições de responder a essas expectativas", ressaltou Martinez.    

O projeto "Pirâmide" foi confiado ao estúdio de arquitetura Search e foi aprovado pelo próprio Pei - que aos 97 anos não pode viajar a Paris. Martinez acrescenta que tem "trabalhado com ele, em respeito ao seu trabalho, e para nós tem sido uma grande sorte".    O museu investirá 53,5 milhões de euros (R$ 162,4 milhões) na obra, financiados em grande parte com os ingressos vinculados ao projeto "Louvre Abu Dhabi", e 10% do valor foi dado por diversas pessoas.    

Nos quase três anos, durante o qual o museu permanecerá aberto, serão repensados todos os espaços dedicados ao público. "O objetivo é fazer o possível para que o visitante encontre mais conforto e que o pessoal do museu trabalhe em condições ótimas", ressaltou o diretor.    

Para diminuir o tempo de espera nas filas para ingressos, foi criado um novo acesso aos visitantes por baixo da Cour Richelieu. Uma nova bilheteria abrirá no local da atual livraria e serão realizadas novas formas de informação, com a revisão dos sinais de orientação e a reorganização dos armários e dos serviços.    

E para reduzir o barulho ensurdecedor das obras, o hall do museu se converterá, essencialmente, em um espaço de trânsito.