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Italianas raptadas não estão com Isis, diz ministro

Duas jovens voluntárias foram sequestradas em agosto na Síria

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A Itália não tem provas até o momento de que as jovens Vanessa Marzullo e Greta Ramelli estejam nas mãos de jihadistas do Estado Islâmico (Isis), disse à ANSA nesta sexta-feira (22) o subsecretário de Relações Exteriores da Itália, Mario Giro, pedindo, porém, "máxima reserva" sobre o tema. As duas jovens são originárias da região da Lombardia e fundadoras do projeto "Horryaty", que promove ações humanitárias nos setores sanitário e hídrico. Elas haviam chegado à Síria no final de julho e foram atacadas no início de agosto, na casa onde estavam, em um vilarejo nos arredores de Aleppo, cidade que é palco de intensas disputas entre rebeldes e as forças do governo de Bashar al-Assad. Ontem, a imprensa internacional divulgou que o Isis teria sequestrado mais outro quatro cidadãos estrangeiros, sendo duas italianas, um dinamarquês e um japonês. Com isso, os radicais podem ter elevado para 20 o seu número de reféns. Os raptados seriam jornalistas, fotógrafos ou pessoas que trabalham em ações humanitárias.

    "Estamos preocupados. Não temos elementos para confirmar que Vanessa e Greta estejam na mão do Isis", disse Roberto Andervill, cofundador do projeto "Horryaty". "A unidade de crise da Itália está trabalhando nesse caso. A única maneira de ajudar é permanecer em silêncio. Quando elas voltarem para casa, poderemos contar tudo", disse. Nesta semana, o Isis divulgou um vídeo no qual o jornalista norte-americano James Foley é decapitado. As imagens foram visualizadas em todo o mundo e geraram repúdio de líderes políticos. Foley tinha sido sequestrado há dois anos. (ANSA)