Os Estados Unidos pediram para os russos pararem com as "provocações" na Ucrânia, denunciando um aumento de atividades russas para desestabilizar o governo de Kiev nas últimas semanas. Segundo a porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, Caitlin Hayden, essas atitudes são "extremamente perigosas e provocatórias".
"A Rússia não tem nenhum direito de enviar para a Ucrânia veículos, pessoas ou materiais de qualquer tipo, com qualquer pretexto, sem ter a autorização do governo ucraniano", disse Hayden se referindo ao comboio de ajuda humanitária que Moscou está enviando para as regiões de Donetsk e Lugansk.
Se o presidente russo, Vladimir Putin, quer terminar o conflito, como está empenhado em fazer, "pode começar a parar com os bombardeamentos de artilharia russa na Ucrânia, parar com o fornecimento de armas, o apoio aos separatistas e o seu financiamento", falou Halley.
E, corroborando com a tese do governo ucraniano de que a ajuda humanitária é um pretexto para uma invasão russa no país, o novo primeiro-ministro da autoproclamada República de Donetsk, Aleksander Zakharcenko, anunciou a chegada de mais 150 veículos blindados, entre os quais 30 são armados, e 1,2 mil homens treinados por quatro meses na Rússia. Porém, o governo russo negou essa informação.
A ofensiva de Kiev nas regiões separatistas segue no nível máximo e, o porta-voz do Conselho de Segurança do país, Andrii Lisenko, anunciou que três soldados ucranianos foram mortos e outros 13 ficaram feridos nas últimas 24 horas. Já o presidente ucraniano, Petro Poroshenko, anunciou que seus militares conquistaram mais uma cidade próxima à Donetsk, Zhdanivka.