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Cessar-fogo em Gaza não é respeitado

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O Egito decidiu cancelar a reunião com israelenses e palestinos por um cessar-fogo duradouro na Faixa de Gaza, informou nesta sexta-feira (1) a imprensa egípcia.

    O site do jornal egípcio Al-Ahram informou a decisão do governo do Cairo citando uma "fonte palestina que deveria participar das negociações".

    A reunião foi cancelada em ocasião do colapso da trégua humanitária de 72 horas que tinha sido anunciada ontem, mas não foi respeitada.

    Fontes médicas de Gaza informam que dezenas de palestinos foram mortos e cerca de duzentos ficaram feridos por fogo da artilharia israelense, em resposta a tiros de morteiro de milicianos da Faixa de Gaza lançados de um túnel, informou a agência de notícia Maan. Por usa vez, Israel anunciou que trégua acabou, informaram fontes oficiais israelenses citadas pela Rádio Jerusalém.

    Segundo um tweet de um jornalista de Haaretz, o governo teria informado o enviado da ONU na região, Robert Serry que a interrupção da ação militar acabou.

    O site do Hamas informa que quatro palestinos foram mortos e outras 20 pessoas foram feridas por tiros de artilharia israelense perto de Rafah, no sul da Faixa de Gaza.

    São os primeiros mortos anunciados depois do começo da trégua que tinha começado esta manhã. Antes um tiro de morteiro tinha caído perto de Kerem Shalom, sul de Israel.

    "Mais uma vez o Hamas e as outras organizações terroristas em gaza violam o cessar-fogo pelo qual tinham se comprometido diante do secretário de Estado norte-americano, John Kerry e do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon", afirmou uma fonte oficial do gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.

    Israel e o Hamas tinham alcançado na noite de ontem (31) um acordo de cessar-fogo humanitário de pelo menos 72 horas em Gaza. Os Estados Unidos e a ONU em um comunicado conjunto tinham afirmado de ter recebido garantias das duas partes por um cessar-fogo incondicional durante o qual haveriam negociações para uma trégua mais douradora.

    Ainda hoje foi anunciado pela imprensa israelense que um soldado do Exército de Israel comprometido na operação militar na Faixa de Gaza está desaparecido, e se teme que tenha sido raptado por um comando de milícias palestinas.

Vítimas

Aumentou para cerca de 1440 o balanço de fontes palestinas dos mortos em Gaza desde o início da operação israelense, um balanço maoir que a operação de 2008-2009, informou a Maan.

    Segundo os dados divulgados nas primeiras horas desta manhã pelas autoridades sanitárias da Faixa de Gaza, o total de mortos registrados antes da trégua aumentou para ao menos 1437. Mas em seguida este número foi corrigido e foram acrescentadas mais 16 vítimas.

    Pelo menos 23% do total dos mortos palestinos eram garotos e crianças, segundo as mesmas fontes. Já os dados da ONU falam em 80% de vítimas civis. (ANSA)