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NYT: a América ainda apoia Israel

Pesquisa mostra que 57% dos americanos acham os ataques 'justos', contrariando a ótica europeia 

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 O NYT divulgou os resultados de uma pesquisa no último final de semana, nesta quinta feira (25). Segundo o jornal, a maioria dos americanos ainda apoia Israel, em parte, dizem os analisas por causa das falhas da Primavera Árabe em realmente concretizar a democracia no Oriente Médio. Porém, fora dos EUA, diz o jornal, a guerra das relações públicas está sendo ganha pela Palestina.

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Na quarta-feira (24), o Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas votou para autorizar uma comissão de inquérito sobre crimes de guerra em Gaza. Os Estados Unidos foram o único país que votou “não”. Os crimes de guerra se mostram possíceis graças aos ataques indiscriminados contra civis, e o número desigual de vítimas palestinas - mais de 650, a maioria civis - contra 35 do lado israelense, 32 deles soldados.

Na terça-feira, o primeiro-ministro Recep Tayyip Erdogan disse que os ataques de Israel “cruéis”. As manifestações pró-palestinos acontecem em Paris, Berlim, Viena, Amsterdã e outras cidades europeias.

 O tumulto no exterior está em nítido contraste com a reação muito mais suave nos Estados Unidos. A pesquisa da CNN/ORC Internacional constatou que a maioria dos norte-americanos – 57%- acredita que as ações militares de Israel em Gaza são justificadas, com apenas quatro em cada 10 dizendo que Israel usou força demais.

Para muitos fora dos Estados Unidos, a ocupação de israelense do território palestino na Cisjordânia é ilegal. Na quarta-feira, o embaixador da Islândia para as Nações Unidas, Greta Gunnarsdottir, citou o que chamou de "o problema central" subjacente à violência atual. "É a ocupação de Gaza e na Cisjordânia, incluindo Jerusalém Oriental, que afeta todos os aspectos da vida diária dos palestinos, isso viola seus direitos humanos", disse ela.

Os especialistas veem várias razões para essas diferenças. Primeiro, a Europa está mais próxima do conflito, mais expostos também a árabes, que costumam ser mais abertos ao ponto de vista palestino.Outra questão não mencionada pelo jornal é a essencial associação árabe ao terrorismo, feita de forma especial pelos americanos, principalmente depois do 11/07.