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Hamas rejeita cessar-fogo sem retirada de bloqueio a Gaza

Israel considera uma "piada" a apuração de crimes em Gaza

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O grupo Hamas rejeitou nesta quarta-feira a proposta de cessar-fogo com Israel enquanto a Faixa de Gaza continuar sob o bloqueio imposto há anos pelos israelenses. Os confrontos já deixaram 678 palestinos mortos. Do lado israelense, 32 soldados e 3 civis perderam suas vidas durante os combates.

O premier de Israel, Benjamin Netanyahu, chamou de "piada" a decisão do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas de pedir uma investigação internacional sobre eventuais crimes cometidos pelo país na Faixa de Gaza. Segundo o primeiro-ministro, tal solicitação deve ser rejeitada por qualquer pessoa decente, e o alvo de inquéritos teria de ser o Hamas.    

"A facção islâmica cometeu um duplo crime de guerra: disparar foguetes contra civis israelenses e se esconder atrás de civis palestinos. A ONU deveria investigar a decisão do Hamas de transformar hospitais em centros de comandos militares, usar escolas como depósitos de armas e instalar baterias de mísseis perto de parques, casas privadas e mesquitas", declarou Netanyahu, em comunicado divulgado pelo seu gabinete.    

O pedido de investigação está em uma resolução aprovada nesta quarta-feira (23) pelo Conselho de Direitos Humanos, em Genebra, com 29 votos a favor, um contrário (dos Estados Unidos) e 17 abstenções, incluindo da Itália e de outros países europeus. Israel, que criticou o texto, não está entre os 47 membros do órgão.    

O documento condena as "vastas, sistemáticas e flagrantes violações dos direitos humanos e das liberdades fundamentais durante a operação militar israelense nos territórios palestinos" e, em particular, a recente invasão à Faixa de Gaza, iniciada no dia 17 de julho.    

A comissão de investigação, pedida em caráter de urgência, será nomeada pelo presidente do Conselho e irá apurar todos os eventuais crimes cometidos na região.