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'The New York Times': Vitória de Le Pen ameaçaria política de unidade europeia 

Vitória de Marine Le Pen estaria fortalecendo ideais da Frente Nacional e dos partidos aliados

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Os desdobramentos da visita de Marine Le Pen a Bruxelas foram o foco de uma matéria publicada pelo The New York Times nesta sexta-feira (30). Encorajada pela vitória nas eleições europeias da Frente Nacional da França, Marine Le Pen foi até a sede dos 28 países que constituem a União Europeia, em Bruxelas, intencionando forjar uma aliança de extrema-direita que atravessaria o continente.

Segundo o jornal americano, Le Pen, cujo partido derrotou as forças políticas francesas nas eleições para o Parlamento Europeu que terminaram no último domingo, teria dito em uma coletiva que tinha a missão de formar um bloco com representantes na intenção de restaurar o poder dos Estados nacionais individualmente e que tivessem a mesma opinião contrária ao fortalecimento da Europa como unidade.

Le Pen teria, de acordo com o The New York Times, declarado que as eleições iriam remodelar a direção da Europa e colocar elites tradicionais na corrida. Le Pen teria dito também que a Frente Nacional e os partidos europeus aliados haviam mostrado um nível formidável de unidade e exibido a maturidade de uma nova geração que o partido representa.

Candidato a principal representante das forças de extrema-direita da Europa segundo o Teh New York Times, Le Pen usou a viagem à Bruxelas como último passo de uma longa caminhada que a Frente Nacional estaria traçando para fortalecer a reputação do partido como sendo um refúgio para posturas anti-semitas e racistas. Além disso fortalece a transformação do partido em uma força política respeitável com uma séria possibilidade de governar a França um dia.

O jornal de Nova York disse também que imediatamente após o sucesso do Partido de Le Pen nas eleições europeias, onde ela ficou com cerca de um quarto dos votos franceses, a Frente Nacional rebatizou a si mesmo como “o primeiro partido da França”.

Para Geert Wilders, líder do Partido para a Liberdade na Holanda e aliado próximo de Le Pen, o encontro em Bruxelas teria sido algo histórico que marcaria o início do fim das seis décadas da política européia de integração econômica e política.

Harald Vilimsky, líder do Partido da Liberdade da extrema-direita da Áustria, elogiou Le Pen, descrevendo-a como sendo uma figura emblemática de uma nova Europa que traria de volta a soberania dos Estados-nações.