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Papa celebra Via Crucis no Coliseu de Roma

Cerimônia foi marcada pela condenação aos abusos contra mulheres e pela defesa dos imigrantes

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O papa Francisco comandou nesta sexta-feira (18) no Coliseu de Roma o tradicional ritual da Via Crucis. Foi a segunda vez que Jorge Mario Bergoglio realizou a celebração desde o início do seu pontificado. As meditações para cada uma das 14 estações que fazem parte da procissão foram lidas pelo monsenhor Giancarlo Bregantini, arcebispo de Campobasso, e pela atriz italiana Virna Lisi.    

Protegido do frio por um agasalho branco, o Papa orou por alguns minutos antes de, com o sinal da cruz, dar início ao rito. A cerimônia foi marcada pela condenação aos abusos contra as mulheres e pela defesa dos imigrantes. "Choremos por aqueles homens que descarregam sobre as mulheres a violência que há dentro deles. Choremos pelas mulheres escravizadas pelo medo e pela exploração. Mas não basta ter compaixão. Jesus é mais exigente. As mulheres devem ser libertadas, como Cristo fez, e amadas como um presente inviolável por toda a humanidade", leu o monsenhor Bregantini.    

Além disso, as meditações também convidaram as pessoas a "acolherem" a fragilidade dos outros e não serem indiferentes ao sofrimento alheio. "Ou seja, a não fecharem as portas a quem bate nas nossas casas pedindo asilo, dignidade e pátria.    

Conscientes da nossa fragilidade, devemos acolher entre nós a fragilidade dos imigrantes, para que ele encontre segurança e esperança", disse o arcebispo. Entre as pessoas que carregaram a cruz na celebração deste ano está um operário, um empresário, dois imigrantes, dois internos de centros de reabilitação, dois detidos e dois sem-teto. Ao saudar a multidão que o aguardava no Coliseu, o Pontífice foi acolhido por uma intensa salva de palmas. No fim do ritual, Francisco deu uma rápida benção aos milhares de presentes no Coliseu, sendo novamente festejado pelos fiéis.