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Morre Ronald Biggs, considerado o 'ladrão do século'

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O britânico Ronald Biggs, conhecido como "ladrão do século", morreu nesta quarta-feira (18), em Londres, aos 84 anos de idade, em um asilo para idosos. Ele ganhou notoriedade mundial no assalto ao trem pagador que ia de Glasgow à capital inglesa em 1963. O britânico era o líder de um grupo de 15 homens que conseguiu roubar 120 sacos, contendo, no total, 2,6 milhões de libras (o equivalente a R$ 124 milhões). A gangue foi presa em janeiro de 1964.

    Condenado a 30 anos de prisão, Biggs foi enviado para a prisão de Wandsworth, em Londres, de onde conseguiu fugir quase 15 meses depois.

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    Ele viveu como foragido entre Austrália, Espanha e Brasil, e fez várias cirurgias estéticas para dificultar seu reconhecimento.

    Biggs morou por cerca de 30 anos no Rio de Janeiro. Casou-se com Raimunda, com quem tem um filho, Michael Biggs. Quando Londres descobriu que o ladrão estava no Brasil, tentou extraditá-lo, mas a legislação impedia um pedido de extradição a um país com o qual não havia um tratado sobre o tema (o acordo de extradição entre Reino Unido e Brasil só entrou em vigor em 1997). O caso foi parar no Supremo Tribunal Federal (STF), mas o assalto ao tem havia prescrito cinco anos antes. Alegando saudades de sua terra natal, Biggs resolveu voltar ao Reino Unido, onde cumpriu mais de um terço de sua pena em Belmarsh, prisão de segurança máxima. Em agosto de 2009, foi libertado.

    Ao longo de sua via, Biggs sofreu ao menos três derrames, ataques epilépticos, úlcera no estômago e ataque cardíaco. Ele também ficou internado devido a uma fratura no quadril. (ANSA)