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Assad diz que rebeldes recebem armas químicas dos EUA

Presidente sírio garante que vai aderir a convenção antiarmas químicas

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O presidente da Síria, Bashar al Assad, afirmou nesta quinta-feira que as forças opositoras a seu regime possuem armas químicas e pediu que os Estados Unidos parem de fornecer este tipo de armamento aos rebeldes.

Assad disse ainda, em entrevista a uma emissora de televisão russa, que a oposição busca "provocar o ataque norte-americano contra a Síria". Ele também afirmou que seu governo enviará os documentos necessários às Nações Unidas para que seja assinado um acordo de controle das armas químicas e para que Damasco peça adesão à Convenção sobre não-proliferação de Armas Químicas.

O presidente sírio explicou que Damasco primeiramente aderirá à convenção e, cerca de um mês mais tarde, divulgará informações sobre seu arsenal à comunidade internacional.

Assad defendeu, no entanto, que a destruição do arsenal químico em seu país não deve ser unilateral. O chefe de Estado também afirmou que aceita submeter seu arsenal químico a controles internacionais, mas que a decisão não foi tomada devido às ameaças de intervenção militar dos Estados Unidos.

A proposta da Rússia sobre colocar o arsenal sírio sob controle internacional foi apresentada nessa semana, em meio a discussões sobre uma intervenção militar na Síria, onde há suspeitas do uso de armas químicas nos confrontos entre rebeldes e forças de Assad.

O chefe de Estado sírio ainda levantou a possibilidade de que os rebeldes ataquem Israel com armas químicas apenas por "provocação".