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Casa Branca confirma encontro entre Dilma e Obama

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A Casa Branca confirmou nesta quinta-feira (5) que o presidente Barack Obama e a presidente Dilma Rousseff se reuniram paralelamente às margens da reunião de cúpula do G20, em São Petersburgo, na Rússia. O encontro ocorreu na noite desta quinta-feira (5), pelo horário local.

Por causa do encontro, os dois presidentes chegaram atrasados ao jantar no Palácio de Peterhof, que reuniu todos os chefes de Estado e de governo do G20.

A Casa Branca não informou os assuntos discutidos entre Dilma e Obama, mas a expectativa era de que os líderes conversassem sobre a acusação de que os Estados Unidos espionaram a presidente brasileira, segundo documentos vazados pelo ex-consultor de inteligência americano Edward Snowden.

O Palácio de Planalto também confirmou o encontro. 

Mais cedo, os dois presidentes sentaram-se lado a lado, na sessão de abertura da 8ª Cúpula do G20 (que engloba as maiores economias mundiais), em São Petersburgo, na Rússia. A sessão foi aberta pelo presidente Vladimir Putin, que está no comando do G20. A cúpula reúne os principais líderes políticos mundiais. 

A conversa de Obama e Dilma ocorre no momento em que a brasileira cancelou a viagem da equipe precursora (de funcionários da Presidência da República) destinada a preparar sua visita com honras de chefe de Estado, em outubro, a Washington, nos Estados Unidos.

Nos últimos dias, o embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Thomas Shannon, foi convocado por duas vezes ao Ministério das Relações Exteriores, Itamaraty, para prestar explicações sobre as denúncias de espionagem, por agências norte-americanos, às comunicações internas do Brasil, inclusive a dados da presidenta da República, assessores e cidadãos.

Na semana passada, o embaixador passou cerca de uma hora com o ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo Machado. Na conversa, Figueiredo cobrou explicações “formais e por escrito” dos norte-americanos até o final desta semana. Na reunião com Shannon, Figueiredo disse ainda que as suspeitas sobre o Brasil envolvendo riscos à democracia e solidez do Estado brasileiro são inadmissíveis.

“O Brasil é um país democrático, um Estado sólido, em uma região democrática e sólida, que busca a convivência com seus parceiros de forma amistosa. Não se pode admitir nem em sonho que é um país de risco ou problemático”, disse Figueiredo.

O governo brasileiro classificou o episódio de inadmissível e inaceitável, expressões usadas tanto por Figueiredo como pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, pela suposta espionagem à presidente.