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Protestos no Brasil e na Turquia levaram instabilidade à economia global

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O artigo do Prêmio Nobel de Economia e professor da Universidade de Nova York, Michael Spence, publicado nesta quarta-feira (21/08), no jornal britânico The Guardian, avalia o momento da economia global. Spence inicia as suas projeções pela Europa, citando a atual crise e sua permanência por mais um logo período além do verão europeu. Segundo o economista, os protestos na Turquia e no Brasil têm gerado instabilidade e interferindo no desenvolvimento social e econômico de mercados emergentes. No artigo, Spence cita também os incêndios em fábricas de vestuário de Bangladesh, que prejudicaram as cadeias globais de fornecimento.  

Spence adianta que um possível impasse político nos EUA deve interferir no teto orçamentário e na dívida em setembro. Ele explica no artigo que o Federal Reserve já insinua uma política de flexibilização quantitativa mais afinada até o fim do ano. As decisões políticas nos próximos meses, ou a falta delas, irão revelar as partes frágeis da economia global, refletindo nas taxas de crescimento.  O artigo apresenta o cenário econômico na China e as conseqüências da reforma no país e global. Spencer comenta as eleições gerais na Alemanha, classificando o pleito como fundamental no compromisso contínuo do euro. Na Itália, os debates se concentram nos impostos, que segundo o texto, se mais baixos sobre a renda, contribuiriam para a criação de uma economia mais competitiva e dinâmica.

No final do artigo, Spencer conclui que “a incerteza desconfortável não vai durar muito mais tempo - na Europa ou em outros lugares. Os líderes da China vão fazer as suas escolhas, assim como os eleitores alemães. O Fed irá esclarecer a direção da política monetária dos EUA. Os mercados vão ajustar e sossegar. Distorções começarão a relaxar”, prevê o economista.