Pode passar de 100 o número de mortos na chamada 'sexta-feira de ódio' no Egito. Os novos protestos foram convocados pela Irmandade Muçulmana, movimento do presidente deposto Mohamed Mursi, depois do massacre da última quarta-feira, quando mais de 600 pessoas morreram em confrontos entre as forças de segurança e os manifestantes.
Na noite desta sexta-feira, a polícia cercou uma mesquita no Cairo onde estão vários militantes islâmicos partidários de Mursi. Eles acusam a polícia de abrir fogo contra a mesquita de Al-Fath, para onde os manifestantes islâmicos estão levando os mortos da violenta repressão praticada pelas forças da ordem. Segundo a polícia, os manifestantes realizaram disparos a partir do local.
Mais de 40 pessoas morreram em confrontos em outros lugares do Egito, o que elevaria ainda mais o total. Por sua vez, uma fonte de segurança disse que 24 policiais foram mortos e 15 delegacias foram atacadas desde a noite de quinta, demonstrando a ferocidade da situação.
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Na capital, Cairo, o derramamento de sangue aconteceu principalmente na praça Ramsés e em suas imediações. A praça era o destino final de milhares de pessoas protestando contra a repressão do governo instaurado pelos militares.
Pelo menos 263 pessoas supostamente envolvidas nos atos de violência foram detidas, entre elas um afegão e dois sírios. A agência estatal Mena afirmou que os detidos são investigados pelas autoridades e que a polícia confiscou 16 armas de fogo e sete granadas caseiras.
Com agências