ASSUNÇÃO - O governo do Paraguai autorizou as Forças Armadas a ajudarem a polícia na luta contra o grupo Exército do Povo Paraguaio (EPP), após o assassinato de um conhecido fazendeiro na última semana.
O ministro do Interior do Paraguai, Carmelo Caballero, anunciou a criação de uma "Comissão de Crise" para a operação nos estados de San Pedro e Concepción, zona de influência do EPP.
Desta forma, o governo vai voltar a utilizar a lógica militar na região, como já havia feito em ocasiões anteriores sem conseguir bons resultados, ações que chegaram a serem criticadas pela população.
O assassinato do agricultor Luis Lindstrom causou indignação na sociedade paraguaia, uma vez que ele era uma personalidade conhecida por suas atividades sociais, principalmente de ajuda a comunidades carentes do país.
O fazendeiro, de 64 anos, já havia sido sequestrado pelo grupo em 2008 e liberado 40 dias mais tarde, após sua família pagar um resgate de US$ 300 mil.
Até o momento, no entanto, o EPP não se pronunciou sobre a autoria do crime, que aconteceu na zona de operações do grupo ilegal, que atua como uma guerrilha rural.
O EPP, que surgiu em 2008, é responsável por sequestros de fazendeiros, ataques a fazendas e delegacias policiais, assim como pelo assassinato de dezenas de pessoas.