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Brasil mantém embaixador na Coreia do Norte

Decisão foi tomada após prazo de Kim Jong-un

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Vencido o prazo dado pelo governo da Coreia do Norte para que as representações estrangeiras deixassem o país em segurança, o Brasil mantém o embaixador Roberto Colin em Pyongyang. Segundo o Ministério das Relações Exteriores, Brasília vem mantendo contato frequente com Colin e faz avaliações diárias. No momento, o embaixador não acredita que sua saída seja necessária.

De acordo com um interlocutor do Itamaraty a par das conversas com a representação diplomática brasileira em Pyongyang, deixar a capital norte-coreana representaria um gesto de que o País acredita nas ameaças norte-coreanas. Ao manter seu embaixador, o Brasil dá um sinal diplomático de que aposta em um blefe de Kim Jong-un sobre iniciar ataques reais.

Além do Brasil, as representações das Nações Unidas, da União Europeia e da França, também não se mobilizaram e mantém seus funcionários na capital norte-coreana. No total, a capital norte-coreana abriga apenas 25 representações estrangeiras, dentre elas as de organismos internacionais. Todas teriam recebido o comunicado para retirada com apoio logístico do país até o dia 10 deste mês.

O Brasil mantém uma representação diplomática em Pyongyang desde 2009, mas o quadro de funcionários da embaixada conta apenas com um diplomata – o próprio embaixador – e um funcionário administrativo. Em situação de emergência, o Itamaraty informou que a Embaixada do Brasil na Coreia do Norte pode passar a desempenhar as atividades em Dandong, na China, que fica a quatro horas (por terra) do território norte-coreano. A Embaixada do Brasil também possui um abrigo subterrâneo e gerador próprio.