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Dom Orani Tempesta ouviu do Papa que seu sucessor poderia vir à JMJ, no Rio

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O arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani Tempesta, já sabia da possível renúncia do papa, apesar de dizer que foi pego de surpresa com o anúncio feito nesta segunda-feira (11). Segundo garantiu, a saída do Papa em nada modificará a Jornada Mundial de Juventude, que acontecerá em julho no Rio.

Afinal, como admitiu nesta segunda-feira (11), em reuniões que teve com Bento XVI para discutir a Jornada, o arcebispo carioca ao ouvir do sumo pontífice a confirmação da vinda do papa ao encontro, soube da possibilidade de uma renuncia. "Ele afirmou que o Papa virá ao Rio, ele ou o seu sucessor".

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Mesmo com todos os indícios de uma saúde debilitada e da possibilidade que o próprio Papa abriu falando de um sucessor, o arcebispo do Rio confessa ter sido pego de surpresa com a decisão anunciada no domingo aos bispos reunidos em Consistório, no Vaticano, e tornada pública nesta segunda-feira. 

Foi, para dom Orani Tempesta, um gesto “belíssimo e uma lição de vida”, afirmou na manhã desta segunda-feira (11), na Basílica Nossa Senhora de Lourdes, em Vila Isabel, quando comentou com jornalistas a substituição do pontífice.

“É um gesto de humildade reconhecer que não tem mais condições de saúde para estar à frente da missão da Santa Igreja. Ainda mais num momento em que as pessoas estão muito ligadas ao poder, ele dá uma lição de vida, pois mesmo tendo cargo vitalício, abdicou pelo melhor da Igreja”, afirmou Dom Orani.

"As suas condições de saúde já não eram as mesmas, como foi amplamente divulgado, sua saúde estava debilitada. Mas ele deixa uma mensagem de luta, e sua trajetória de riqueza continuará. Somos agradecidos a Deus pela Sua escolha e estamos rezando muito por ele, e, pelo seu sucessor, que já está escolhido pelo Espírito Santo", afirmou Tempesta. 

Segundo o arcebispo, a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que acontece no Rio em julho deste ano, não sofrerá nenhuma alteração e ressaltou que “os planos de organização continuam e seguem normalmente”.

Dom Orani, cuja sagração no cargo de cardeal era esperada ainda neste papado, que deve ser sagrado cardeal considera que o Brasil, com cinco cardeais, estará bem representado no Conclave, em março, no Vaticano:

“O número de cardeais brasileiros está ligado à possibilidade de vagas do colégio episcopal. O Brasil é muito bem quisto, tem muita representatividade, o número de cardeais não importa”, disse.