ASSINE
search button

Dissidentes cubanos denunciam restrições para passaportes

Até agora, só um dissidente usou seu passaporte para viajar para fora de Cuba

Compartilhar

HAVANA - Um grupo de opositores cubanos denunciou restrições que estariam sendo impostas pelo governo de Raúl Castro a dissidentes que desejam tirar passaporte para viajar ao exterior. Desde o dia 14 de janeiro, estão em vigor novas leis migratórias que deveriam facilitar a saída do país. 

 Segundo Elizardo Sánchez, líder da Comissão Cubana para os Direitos Humanos e Reconciliação Nacional (CCDHRN), até agora somente um dissidente conseguiu utilizar seu passaporte para viajar para fora de Cuba, enquanto as autoridades se recusaram a entregar mais três passaportes a opositores. 

Os documentos foram vetados para Angel Moya, ex-prisioneiro político; José Ferrer Garcia, porta-voz da União Patriótica Cubana; e Gisela Delgado Sablon, responsável pelo projeto Bibliotecas Independentes. 

O único dissidente que conseguiu sair até agora da ilha é Eliecer Avila, que viajou para a Suécia, convidado a participar de um encontro sobre o futuro político de Cuba. 

Sánchez explicou que "um alto funcionário do Ministério do Interior" disse para Gisela Delgado que ela não tinha direito a obter o passaporte porque seu nome estaria em uma lista de pessoas que fariam partes de "grupos contra-revolucionários". 

Recentemente, a blogueira cubana Yoani Sánchez, autora do site Generación Y, comemorou ter recebido seu passaporte. Ela, porém, ainda não deixou Cuba, mas pretende viajar em breve ao Brasil.