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Ação contra Assange é brutalidade, diz ex-juiz Baltasar Garzón

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O ex-juiz espanhol Baltasar Garzón afirmou que a ação judicial contra o fundador do WikiLeaks, o australiano Julian Assange, é uma "brutalidade" fundada "na frustração de uma administração" que se viu exposta pela publicação de informações sigilosas.   

"O que o WikiLeaks e o Julian Assange fizeram é um grande serviço a todos da raça humana", disse Garzón, que atualmente é advogado do australiano.    

"Foi revelada uma série de situações que distam da ação diplomática adequada, além de atitudes de empresas e graves violações aos Direitos Humanos. Isso [a divulgação] não pode, nunca, ser um delito", defendeu Garzón, em entrevista à rádio chilena Cooperativa.    

Para ele, a ação judicial contra Assange é a demonstração da "frustração de uma administração determinada que percebeu que foi exposta para a opinião pública uma situação que não queria que tivesse sido conhecida".    

"O julgamento de Assange poderia terminar em cadeia perpétua ou morte. É uma brutalidade", destacou o magistrado, que está no Chile para participar do Congresso do Futuro, evento organizado pelo Senado local.    

Assange, de 41 anos, está refugiado na embaixada do Equador em Londres desde 19 de junho do ano passado. O australiano responde na Suécia por denúncias de abuso sexual contra duas mulheres. Nos Estados Unidos, ele é acusado de espionagem.