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Países árabes pedem que YouTube retirem filme considerado ofensivo do ar

"A inocência árabe", que satiriza o profeta Maomé, gerou revolta do mundo árabe

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O YouTube, canal de vídeos do Google, tem sido pressionado por países árabes para tirar do ar o filme americano A inocência dos muçulmanos. A Arábia Saudita se juntou à lista que pede que o canal retire o vídeo do ar. Esses países prometem retaliações se a solicitação não for cumprida.

De acordo com a rede de notícias BBC, O rei Abdullah da Arábia Saudita, em comunicado oficial, afirmou que se o Google não cooperar com seu pedido, o governo retirará o acesso ao YouTube no país. O departamento de tecnologia de informação saudita pediu aos cidadãos sauditas e expatriados que denunciem links para o filme que difama Maomé.

"Isso é considerado um dever religioso de cada muçulmano, de forma a prevenir qualquer relato de blasfêmia ao nosso Profeta e à nossa religião", afirmou o comunicado divulgado através da agência estatal SPA

A empresa norte-americana já havia rejeitado pedido similar da Casa Branca, que queria a retirada do filme do site. A companhia alega que já está atuando nos locais onde o material é considerado ilegal.

O vídeo, que satiriza a imagem do profeta Maomé, fez com que as populações islamitas se revoltassem contra o ocidente.  

Rússia 

O governo da Rússia também solicitou que o material fosse bloqueado no país. Um tribunal considera atualmente se o vídeo é “extremista”. Caso seja classificado desta forma, o YouTube seria bloqueado na Rússia, por conta de uma nova legislação que entra em vigor no dia 1º de novembro.

"Isso soa como se fosse uma piada, mas, por causa desse vídeo...todo o YouTube poderia vir a ser bloqueado em toda a Rússia", escreveu no Twitter o próprio ministro da Comunicação da Rússia, Nikolai Nikiforov.

Em entrevista à BBC, um representante do YouTube disse que o site visa criar uma comunidade onde todos possam se divertir e expressar suas opiniões sobre diferentes temas. A fonte informou que o vídeo se enquadra claramente dentro das regras da empresa e, por isso, não há motivo para a exclusão. Contudo, disse que a companhiaa restringiu o acesso ao filme em países que o consideram ilegal, como Índia, Líbia e Egito.