Um ataque ao consulado americano em Benghazi, na Líbia, matou o embaixador dos Estados Unidos no país, J. Christopher Stevens, e outros três funcionários da representação diplomática. As informações são do site da CNN.
Segundo a emissora, manifestantes armados atacaram o consulado americano para protestar contra um filme que seria ofensivo ao Islã. O longa-metragem sobre a vida do profeta Maomé foi exibido na TV americana e considerado uma blasfêmia por milicianos.
O porta-voz da Alta Comissão de Segurança do Ministério do Interior, Abdelmonoem al-Horr, disse que as forças de segurança tentavam controlar a situação quando vários foguetes foram disparados contra o consulado. O prédio foi incendiado.
Homens armados bloquearam as ruas que dão acesso ao prédio. O ataque foi confirmado pela embaixada americana em Trípoli. Os manifestantes arrancaram a bandeira dos Estados Unidos e em seu lugar colocaram uma bandeira negra com a frase: "não há mais Deus que Deus e Maomé é o seu profeta".
As primeiras informações indicam que Stevens morreu asfixiado durante o incêndio. O prédio da representação diplomática fiou destruído.
A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, condenou o ataque. "Os Estados Unidos lamentam qualquer esforço para denegrir crenças religiosas, mas me deixe ser clara: nunca há qualquer justificativa para atos violentos como esse", disse ela, em um comunicado.
A representação diplomática norte-americana na capital do Egito, Cairo, também foi atacada ontem. Os manifestantes alegaram também os insultos mostrados no filme como motivo da ação. No protesto, os manifestantes rasgaram a bandeira norte-americana, que estava a meio mastro em lembrança ao 11 de Setembro, e colocaram cartazes islâmicos no lugar.