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Após veto de Rússia e China, EUA dizem que ONU fracassou na Síria

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WASHINGTON, EUA - Após o veto da Rússia e da China à resolução do Conselho de Segurança da ONU que ameaçava as autoridades sírias com sanções, a Casa Branca afirmou, nesta quinta-feira, que a missão do enviado especial da ONU e da Liga Árabe para a Síria, Kofi Annan, não pode seguir adiante.

"O fracasso do Conselho de Segurança significa que (a missão de Annan) não pode continuar", declarou o porta-voz do governo americano, Jay Carney, que classificou de "decisão muito lamentável" que Moscou e Pequim tenham vetado o texto apresentado pelos países ocidentais.

Já Annan afirmou estar decepcionado com o veto da Rússia e da China, segundo seu porta-voz. "Annan está decepcionado porque, neste ponto crítico, o Conselho de Segurança da ONU não possa unir-se e adotar uma ação coordenada", afirmou Ahmad Fawzi.

China e Rússia

Pela terceira vez em nove meses, Rússia e China vetaram nesta quinta-feira a resolução do Conselho de Segurança da ONU que ameaçava as autoridades sírias com sanções caso não parassem de usar armas pesadas contra a oposição e não retirassem as tropas de vilarejos e cidades. A resolução teve 11 votos a favor, dois contra e duas abstenções.

A votação estava prevista inicialmente para esta quarta-feira, mas foi adiada para a manhã de hoje a pedido de Kofi Annan, negociador internacional para o conflito, que ainda esperava conseguir um acordo com Moscou.

O Conselho de Segurança da ONU tem cinco membros permanentes com poder de veto: Estados Unidos, Rússia, China, França e Reino Unido.

O representante do Reino Unido na ONU, Mark Lyall Grant, lamentou o veto da Rússia e China.