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Hollande é eleito presidente da França com 51,62% dos votos

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O presidente eleito da França, François Hollande, obteve 51,62% dos votos, e o presidente atual, Nicolas Sarkozy, 48,38%, na eleição presidencial de domingo, segundo um balanço final dos resultados anunciado nesta segunda-feira pelo ministério do Interior.

No segundo turno destas eleições, mais de 18 milhões de eleitores votaram pelo socialista Hollande e 16,9 milhões pelo presidente e candidato da direita, segundo os dados divulgados.

Contados os votos dos franceses que vivem no estrangeiro, a vantagem do candidato socialista se reduziu um pouco frente aos dados anunciados na noite de ontem.

Sarkozy venceu no exterior com 53,05% dos votos dos pouco mais dos 450 mil eleitores que exerceram seu direito fora da França. No total, o candidato conservador reuniu 16.869.371, dois milhões de votos menos dos que em 2007 lhe permitiram conquistar o Eliseu.

Hollande teve 18.000.438 votos, quase um milhão menos que os conseguidos há cinco anos por Sarkozy. No total, foram registrados pouco mais de 2 milhões de votos brancos ou nulos, uma opção que tinha solicitado a candidata ultradireitista Marine Le Pen.

No total, mais de 46 milhões de franceses estavam convocados a votar e mais de 37 milhões participaram das eleições. A taxa de abstenção foi de 19,66%, ou seja, 9 milhões de pessoas. A proclamação oficial dos resultados será feita até quinta-feira.

Hollande diz que será o presidente de todos os franceses

Na noite deste domingo, Hollande fez o seu primeiro discurso após as eleições, dizendo que os franceses "optaram pela mudança" ao escolherem ele nestas eleições presidenciais. 

O futuro presidente diz que sabe qual é o significado da sua vitória e prometeu que será o governante de todos os franceses. A declaração é uma referência ao discurso do atual presidente Nicolas Sarkozy, que implementou medidas que atacam os imigrantes, principalmente os muçulmanos.

“Aos que não me deram seu voto, que saibam que eu respeito suas convicções e que serei o presidente de todos. Esta noite não há duas Franças que se enfrentam. Há apenas uma França, uma nação reunida no mesmo destino. Cada um e cada uma terão igualdade de direitos e de deveres”, disse.

Hollande acrescentou que o seu governo começa hoje. Ele disse que a responsabilidade do cargo é imensa e que tem consciência disso. Também prometeu tomar providências para combater os efeitos da crise econômica internacional na França, buscando o desenvolvimento do país e a ampliação do funcionalismo público.

Para o socialista, sua eleição representa a escolha dos franceses pela mudança e pelo respeito. “Os franceses escolheram a mudança, o que me levou à Presidência da República. Tenho noção da honra e da tarefa. Comprometo-me a servir ao meu país como requer essa função”, disse ele.

Hollande acrescentou ainda que deixava uma “saudação democrática a Nicolas Sarkozy”, por quem pediu “respeito”. 


Dilma cumprimenta Hollande por vitória 

A presidenta Dilma Rousseff enviou mensagem ao presidente eleito da França, François Hollande, pela vitória nas eleições deste domingo (6). Ela disse estar segura de que ambos poderão compartilhar posições nos foros internacionais que permitam inverter políticas recessivas.

"Estou segura de que poderemos compartilhar posições comuns nos foros internacionais – entre eles o G20 – que permitam inverter as políticas recessivas, ainda hoje predominantes, e que, no passado, infelicitaram o Brasil e a maioria dos países da América Latina", ressaltou Dilma na mensagem encaminhada a Hollande na noite de ontem (6), depois que as pesquisas de boca de urna indicaram a vitória de Hollande.

A presidenta disse ainda que acompanhou com interesse as propostas de campanha de François Hollande, de vencer a crise com políticas que favoreçam o crescimento, o emprego, a inclusão e a justiça social.

Ela manifesta também na nota o interesse de dar continuidade à cooperação entre o Brasil e a França e encerra a mensagem convidando Hollande para a Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, em junho, no Rio de Janeiro.