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François Hollande: o ilustre anônimo alçado ao posto de presidente da França 

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Até 16 anos atrás, conta o "El País", François Hollande, favorito para ganhar as eleições na França, não era nada mais do que quarentão sem qualquer futuro político. Advogado graduado nas três melhores faculdades de Direito do país (o Instituto de Estudos Políticos, a Alta Escola de Comércio e a Escola Nacional de Adminsitração), ele era apenas um pequeno conselheiro econômico do governo e com nenhuma influência política. No entanto, era querido por todos no meio graças ao seu caráter a afabilidade. 

Em 1996, Hollande se inscreveu no Colégio de Advogados e deu por encerrada sua empreitada na política. No entanto, uma rara conjunção de astros impediu a saída do homem que hoje é favorito a chegar ao poder na França. Naquele ano, Jacques Chirac antecipou as eleições e Lionel Jospin, do mesmo partido de Hollande, foi eleito para o cargo de primeiro-ministro. Hollande, então, foi indicado para liderar o modesto distrito rural de Corrèze. De quebra, ainda foi escolhido para ser o secretário-geral do partido socialista. 

"É o melhor, o mais brilhante e o mais político de todos", teria dito Jospin, naquela ocasião.

As grandes transformações de François Hollande começaram em 2007, quando sua então esposa Ségolène Royal foi derrotada por Nicolas Sarkozy nas eleições presidenciais. Posteriormente, o casal ainda se divorciou e, segundo amigos, o político ficou extremamente abalado. 

No entanto, foi a partir daí que ele pavimentou sua caminhada rumo às eleições desse ano. Se apresentando como o melhor candidato para derrotar Sarkozy cinco anos mais tarde, montou uma forte equipe de comunicação, elaborou um projeto capaz de unir a esquerda e se preparou para vestir a indignação do povo francês. 

Em vias de perder, Sarkozy ataca a mídia

Prestes a enfrentar uma provável derrota nas urnas, o presidente da França, Nicolas Sarkozy, se vê como vítima de um jogo sujo da mídia local. Ele e seus aliados estão convencidos que o constante bombardeio de jornais indicam a forte presença de militantes da esquerda nos meiso de comunicação. Em protesto, Sarkozy tem reclamado de "manipulações grosseiras" dirigidas contra ele nos jornais parisienses. 

Um dos principais escândaltos trata-se do financiamento líbio para a campanha eleitoral de 2007. Na ocasião, Sarkozy teria recebido verbas do ditador Muammar Gadaffi, morto no ano passado, para sua campanha. O presidente nega as acusações.