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Tiroteio em escola judaica na França deixa quatro mortos 

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Três crianças e um adulto morreram assassinados a tiros na manhã desta segunda-feira (19) em uma escola judaica na cidade de Toulouse, sul da França. As crianças tinham três, seis e dez anos. De acordo com a agência Associated Press (AP), as vítimas eram todas da mesma família. As informações são do procurador francês Michel Valet. 

De acordo com as agências de notícias, os disparos partiram de um homem que passavam de moto. O assassino teria utilizado duas armas - uma delas era do mesmo calibre da arma que foi utilizada no assassinato de dois soldados de um regimento de paraquedistas em Toulouse e Montauban, no último dia 16. 

Segundo o procurador, "existem elementos que justificam que se imagine seriamente a questão de um vínculo entre esta matança e os recentes assassinatos de militares".

O criminoso abriu fogo contra todas as pessoas que estavam diante do colégio Ozar Hatorah de Toulouse, segundo Valet. "Ele atirou contra tudo o que tinha pela frente, crianças e adultos. As crianças foram perseguidas até dentro da da escola", declarou o procurador à imprensa.

O ministério do Interior anunciou um reforço da vigilância das escolas judaicas, que já contam com medidas de proteção na França. O presidente da França, Nicolas Sarkozy, viajará nesta segunda-feira a Toulouse com o presidente do Conselho Representativo das Instituições Judaicas da França (CRIF), Richard Prasquier.

A rua Dalou, onde fica o centro de ensino, foi isolada e centenas de policiais foram mobilizados ao redor do colégio.

Patrick Rouimi, pai de um aluno, afirmou que o homem abriu fogo contra as pessoas que aguardavam em um ponto de transporte escolar.

Suspeita de ataques antissemitas

Na quinta-feira passada (16), um homem em uma moto preta matou a sangue frio dois soldados de um regimento de paraquedistas da cidade de Montauban e feriu gravemente outro. 

A justiça francesa vinculou imediatamente as mortes de Montauban com o assassinato de outro militar cometido no domingo 11 de março em Toulouse. Nos dois ataques a mesma arma foi utilizada.

Mais de 50 investigadores foram mobilizados para encontrar o autor dos crimes.

"Uma explicação? Trata-se de um antissemitismo brutal e abjeto", afirmou o dr. Charles Bensemhoun, morador de Toulouse.

"Agora atiram contra crianças", completou uma mulher que estava a seu lado.

O governo de Israel afirmou estar "horrorizado".

"Estamos horrorizados com este ataque. Confiamos que as autoridades francesas farão tudo para investigar o drama e levarão os responsáveis pelos assassinatos à justiça", declarou o porta-voz do ministério das Relações Exteriores, Yigal Palmor.

O grande rabino da França, Gilles Bernheim, afirmou que estava "terrivelmente comovido" e que viajaria a Toulouse.

O presidente da Comissão Europeia (CE), José Manuel Barroso, condenou "o crime odioso (...) Não há nada mais intolerável que o assassinato de crianças inocentes".

Com a AFP